Qualquer estrutura residencial, quando dominada pelo silêncio, sempre apresenta algum tipo de ruído. Pode ser um som estridente, que arrepia a alma, ou até um barulho mais grave, mas que deixa os ouvidos atentos. A ausência sonora cederá espaço para que a casa fale e reivindique sua soberania. 

Ruídos que cortam a calada da noite. Rangidos traduzidos em medo e agonia. Barulhos que despertam a mais criativa imaginação e que aguçam o pavor do sobrenatural. Fantasmas que rodeiam casas e assombram cidades.

O medo do escuro é um dos primeiros pavores de uma criança. É nele que a audição fica mais forte e abre portas para que o imaginário vagueie pelo misticismo. E é aqui que o caminho para conhecer os rangidos, lendas e crenças que rodeiam São Francisco do Sul é liberado.